Ele está na casa da maioria dos brasileiros. Serve pra cozinhar o arroz, esquentar o feijão, fritar o ovo do café da manhã e preparar aquela macarronada de domingo. Mas você já parou pra pensar qual é o nome correto do gás de cozinha? É gás GLP, gás butano, gás propano, gás de botijão, gás liquefeito… Confuso, né?

Neste artigo, vamos esclarecer tudo sobre o famoso gás de cozinha. Vamos explicar de forma simples qual o nome técnico, como ele é formado, por que recebe esse nome, e tudo mais que você precisa saber — com uma linguagem clara e direta, igual àquela conversa de vizinho no portão.
Afinal, qual é o nome certo do gás de cozinha?
O nome técnico e correto do gás de cozinha é GLP, que significa Gás Liquefeito de Petróleo. Esse é o termo utilizado pela indústria, por engenheiros e pelos órgãos reguladores como a ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Mas calma, não precisa achar que está errado ao chamar de gás de cozinha. Esse é apenas o nome popular, mais fácil e direto. No fundo, os dois estão corretos, só que em contextos diferentes:
- Gás de cozinha = nome popular
- GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) = nome técnico
Ambos se referem à mesma substância, mas em contextos diferentes. Se você estiver na cozinha, tudo certo falar gás de cozinha. Agora, se for fazer uma prova técnica, aí é melhor usar GLP mesmo.
Do que é feito o GLP?
Muita gente pensa que o gás de cozinha é uma coisa só, mas na verdade ele é uma mistura. O GLP é composto principalmente por dois gases:
- Propano
- Butano
Esses dois gases são hidrocarbonetos, derivados do petróleo e do gás natural. Em condições normais, eles seriam gases mesmo, mas ao serem comprimidos e armazenados no botijão, viram líquido. Daí o nome gás liquefeito.
Essa mistura é ideal porque tem boa pressão, queima fácil e é segura para uso doméstico.
Por que o gás de cozinha é líquido dentro do botijão?
Muita gente se surpreende ao saber que dentro do botijão o gás está em forma líquida. Mas sim, isso é verdade. O GLP é armazenado sob pressão, o que faz com que ele se transforme em líquido.
Quando você abre a boca do fogão e acende, o gás volta à forma gasosa e queima, gerando a chama azul que conhecemos. Esse processo é seguro, desde que o botijão esteja em boas condições e seja usado corretamente.
Outros nomes que as pessoas usam para o gás de cozinha
Dependendo da região do Brasil ou do contexto, você pode ouvir nomes diferentes para a mesma coisa:
- Gás butano
- Gás propano
- Gás de botijão
- Gás liquefeito
- Gás GLP
- Gás de fogão
- Gás doméstico
- Gás engarrafado
Mas é importante entender que nem todos são tecnicamente precisos. Por exemplo, o butano é apenas um dos componentes do GLP, não o gás completo. Já o “gás de botijão” é uma referência ao recipiente onde ele é armazenado, não ao conteúdo em si.
Por que o gás de cozinha tem cheiro?
Na verdade, o GLP é inodoro, ou seja, não tem cheiro nenhum. Mas pra garantir a segurança, a indústria adiciona um composto chamado mercaptana, que dá aquele cheiro característico de ovo podre.
Esse cheiro forte serve como alarme natural para vazamentos. Se você sentir esse cheiro em casa, é um sinal de que tem gás vazando — e precisa agir com cuidado:
- Não acenda fósforos ou isqueiros
- Abra portas e janelas
- Feche o registro do botijão
- Afaste qualquer chama ou faísca
Como o GLP chega até sua casa?
O gás de cozinha pode chegar até você de dois jeitos principais:
1. Por botijão (o mais comum no Brasil)
Aquele famoso botijão azul de 13kg é o mais conhecido. Ele é portátil, fácil de transportar e vendido em postos de revenda. Também existe o botijão P45, maior, usado em condomínios e comércios.
2. Por gás encanado (GLP ou GN)
Algumas cidades contam com gás encanado, que pode ser tanto GLP quanto GN (gás natural). A diferença principal é que o GN vem de outra fonte (camadas profundas da Terra) e não precisa ser liquefeito.
O gás encanado é mais comum em prédios, shoppings, hospitais e bairros planejados.
Existe diferença entre GLP e GNV?
Sim, e essa confusão é muito comum. Muita gente mistura os dois termos achando que são iguais, mas não são:
- GLP: Gás Liquefeito de Petróleo – usado no fogão, no aquecedor de água e em alguns veículos adaptados.
- GNV: Gás Natural Veicular – usado apenas em veículos. Vem direto da natureza, não é liquefeito, e não é armazenado em botijão.
O GNV precisa de altíssima pressão pra ser armazenado, e por isso o cilindro é bem diferente dos botijões de cozinha.
O gás de cozinha é perigoso?
Sim, pode ser, se usado de forma incorreta. O GLP é inflamável, então qualquer vazamento próximo de fontes de calor ou faíscas pode provocar acidentes sérios. Por isso, é fundamental seguir algumas recomendações:
- Nunca deite o botijão
- Instale sempre em locais ventilados
- Não deixe o registro aberto sem necessidade
- Verifique mangueira e válvula regularmente
- Nunca use mangueiras fora do prazo de validade
E sempre que for trocar o botijão, faça isso com cuidado e longe de faíscas ou eletrônicos.
Curiosidades sobre o gás de cozinha no Brasil
- O botijão de 13kg é o mais usado nas casas brasileiras e costuma durar de 30 a 45 dias, dependendo do consumo.
- O preço do GLP varia muito entre os estados e pode ser influenciado por frete, impostos e política de preços da Petrobras.
- O Brasil consome milhões de botijões por mês, sendo um dos maiores mercados de GLP do mundo.
- Apesar do nome “gás de cozinha”, o GLP também é usado para aquecer água, abastecer empilhadeiras, aquecedores industriais e até em áreas rurais para esterilização e iluminação.
No fim das contas, não importa tanto se você chama de gás de cozinha, gás GLP ou gás do fogão. O que importa mesmo é saber o que está dentro do botijão, como funciona, quais os riscos e como usar corretamente.
Entender o nome técnico ajuda em situações mais específicas, como manuais de segurança, cursos de formação ou concursos públicos. Mas no dia a dia, o famoso “acabou o gás!” continua sendo uma das frases mais faladas nas cozinhas brasileiras — e ninguém vai te corrigir por isso.
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